Viajar de veleiro



A maravilha de se viajar de veleiro é que basta que se decida ir para algum lugar, tudo que se tem que fazer é levantar a âncora,içar velas e ir embora.Essa sensação de liberdade é fabulosa,é quase como ter asas e voar livremente,basta bate-las.

Helio Setti Jr.

Tem que ir, ver e sentir!


"...Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu, para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor, e o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver..."


Amir Klink



quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

De Fortaleza a Tobago


No sábado a noite pegamos um ônibus para Fortaleza e quando chegamos pela manha já estava tudo pronto para partirmos. Deixamos a marina com uma brisa gostosa, num rumo que nos levava para fora da plataforma dos cem metros para nos safar dos pescadores e ficar com um mar mais profundo e conseqüentemente com ondulações mais suaves.
No dia 30 cruzamos(eu e a Ro) pela primeira vez a linha do Equador,e teve festa com direito a batismo pelo proprio Netuno,nesse mesmo dia vimos cachalotes passarem ao nosso lado. Foi espetacular ver animais tão grandes e que não são muito comuns de serem avistados. 
No dia 01 fizemos uma festa a bordo para comemorar o aniversário do Sergio, teve balões e um bolo improvisado com cookies.
Vela mestra na segunda forra de rize  e piloto automático quase o tempo todo, foi assim ate Tobago, quando vinha um Pirajá diminuíamos a genoa e as vezes eu e o Jonas desligávamos o piloto para curtirmos levar o barco na mão. Nos dois primeiros dias mesmo com a vela rizada nossa media era de 7,9 nós, tínhamos os Alísios e uma bela corrente nos empurrando para Tobago,no terceiro dia tivemos que dar uma empurradinha com o motor pois o vento deu uma diminuída significativa e a partir do quarto dia tivemos a presença constante dos Pirajás que quase nunca passavam de quinze minutos, somente La pelo oitavo dia tivemos uma chuva que durou muitas horas e que provocou uma pequena mareada na Ro.
 No mais a viagem foi uma velejada gastronômica com pratos maravilhosos feitos pelo Sergio, que era o único que encarava o fogão, tivemos os famosos cozidões do Sergio que podiam ser de charque ou frango, bacalhau a Gomes de Sá, bacalhau do Pipo, macarrão ao alho e óleo, com alcaparras, foram dias de muita comida boa, brincadeiras e conversas sobre os assuntos mais variados desde musica a criação de filhos, de férias a viver em barcos.
No ultimo dia resolvemos colocar uma linha na água para tentar pegar um peixinho, na primeira puxada o peixe escapou e ao contrario dos outros pescadores, que sempre escapa o maior o nosso era bem pequeno ao que pareceu. Em seguida conseguimos puxar um pequeno atum que já estava sendo preparado para virar sashimi, quando tivemos a surpresa de fisgar uma cavala wahoo com cerca de 10kg, que foi se juntar ao atum no almoço e que nos proporcionou carne por quatro dias. Na empolgação de aprender a fazer o sashimi, esqueci de cuidar o horizonte o que foi fatal, pois perdi de ser o primeiro a gritar terra a vista e ganhar um sorvete, premio que ficou com o Jonas.
Ainda tivemos uma recepção calorosa por parte de um grupo de golfinhos, muito grandes em relação aos que nos acompanharam ate Fortaleza, que deram mais um show como é comum com essa espécie. Depois deles apareceu também para dar as boas vindas uma arraia jamanta muito linda,tudo nos indicava que Tobago seria espetacular.

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