Viajar de veleiro



A maravilha de se viajar de veleiro é que basta que se decida ir para algum lugar, tudo que se tem que fazer é levantar a âncora,içar velas e ir embora.Essa sensação de liberdade é fabulosa,é quase como ter asas e voar livremente,basta bate-las.

Helio Setti Jr.

Tem que ir, ver e sentir!


"...Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu, para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor, e o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver..."


Amir Klink



domingo, 29 de abril de 2012

Fotos históricas: o primeiro e improvisado porta-aviões de todos os tempos — em 1910!

 

O "USS Birmingham", de onde o piloto Eugene Burton Ely decolaria seu pequeno avião Curtiss em 14 de novembro de 1910: a primeira decolagem de um navio de guerra em todos os tempos

Ex-vendedor de automóveis e depois piloto amador, o norte-americano Eugene Burton Ely foi o primeiro piloto da história a alçar voo a partir de um navio de guerra, em 14 de novembro de 1910. Ele não sabia, mas seria o precursor de algo fundamental para a estratégia militar contemporânea: o uso de porta-aviões.

Meses antes, ele conhecera o fabricante de aviões Glenn Hammond Curtiss, para quem começou a trabalhar. Ambos acabaram se associando a um militar, Washington Chambers, que tinha sido nomeado pelo secretário da Marinha dos Estados Unidos, George Meyer, para investigar usos militares para a aviação na área naval.

Pronto. Deu-se o estalo. O navio era cruzador USS Birmingham, ancorado em Hampton Roads, no Estado de Virgínia, e sobre o qual se improvisou uma rampa para decolagem.

Confiram as fotos históricas. Primeiro, da construção e montagem da rampa de decolagem:

A rampa de madeira começa a ser montada

Nesta foto, uma visão lateral da rampa já instalada, terminando praticamente na proa do navio e não se estendendo sobre o mar

Pronta a rampa, o pequeno avião Curtiss que faria a experiência foi levado a bordo, com o menor peso possível. Ely levantou voo, o aparelhinho chegou a baixar alguns metros depois de desprender-se do navio, mas finalmente se ergueu — e 5 minutos depois, pousou sem problemas em Willoughby Spit, também na Virgínia.

Veja a decolagem nas duas fotos abaixo:

O pequeno Curtiss lança-se no espaço, baixa alguns metros, mas depois...

... vai se firmando até, finalmente, alçar voo sem maiores problemas

Ely voou pouco mais de 3 quilômetros antes de aterrizar em uma praia em Willoughby. A experiência, considerada um “grande êxito”, fez com que as autoridades militares decidissem continuar com as provas.

Faltava o outro lado da história, depois da decolagem: o pouso — que logo viria. A 18 de Janeiro de 1911, Ely tornou-se também o primeiro piloto a pousar em um navio de guerra. Decolou de um hipódromo em San Bruno, na Califórnia, e realizou a descida 16 quilômetros depois, no convés de outro cruzador, o USS Pennsylvania, ancorado em San Francisco.

Veja o pouso na foto que se segue:

A conclusão da experiência: em voo histórico, Ely pousa no "USS Pennsylvania" -- também numa rampa improvisada sobre o convés

Abaixo, o piloto, com o uniforme da época, e seu avião, pequeno e leve:

porta-avioes-10

Notem a improvisação ousada, nas duas fotos abaixo: dos dois lados da rampa de pouso, sacos de areia para firmar a estrutura de madeira, balizar o avião e amortecer um eventual choque do aparelho, caso não estivesse perfeitamente alinhado com o barco ao descer.

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O piloto Ely festejado depois do pouso histórico

Confiram abaixo o que eram aqueles velhos e heroicos tempos: o “colete salva-vidas” era constituído de várias câmaras de pneu de bicicleta cruzando o peito do piloto.

O colete improvisado: câmaras de ar de pneu de bicicleta

Para finalizar, compare os precaríssimos cruzadores improvisados com um dos maiores porta-aviões atômicos em atividade no mundo, o USS Ronald Reagan, que desloca 101 mil toneladas e é capaz de navegar por 20 anos sem reabastecimento de energia:

O gigantesco porta-aviões nuclear "USS Ronald Reagan", carregando dezenas de aviões de combate e acompanhado de um de seus navios de escolta (Foto: miliblog.co.uk)

Postado na coluna do Ricardo Setti na Veja on Line

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