Viajar de veleiro



A maravilha de se viajar de veleiro é que basta que se decida ir para algum lugar, tudo que se tem que fazer é levantar a âncora,içar velas e ir embora.Essa sensação de liberdade é fabulosa,é quase como ter asas e voar livremente,basta bate-las.

Helio Setti Jr.

Tem que ir, ver e sentir!


"...Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu, para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor, e o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver..."


Amir Klink



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Como captar recursos para uma expedição de volta ao mundo?

Vilfredo Schürmann fala um pouco desse assunto que é do interesse de todo cruzeirista e quem planeja um dia se-lo.

“Se aventurar em uma expedição de volta ao mundo, a bordo de um veleiro, requer planejamento, gestão e claro, recursos. A primeira vez que fomos a busca de recursos foi quando perdemos os dois mastros, velas, equipamentos eletrônicos, em uma tempestade violenta nas costas da Nova Zelândia.

Passado o susto, decidi que teríamos condições de buscar recursos para cobrir o prejuízo. Escrevi para uma empresa do ramo de soja, a Ceval Alimentos, hoje Bunge Alimentos, sobre o ocorrido e que estávamos em busca de patrocínio para a recuperação do veleiro.

Nos responderam questionando qual seria o retorno institucional que nós iríamos dar.

Após montar um projeto detalhando, Heloisa e eu viajamos ao Brasil. A imprensa deu uma cobertura completa, era a primeira família brasileira a dar a volta ao mundo em um veleiro. A história da tempestade que enfrentamos rendeu matérias na revista Veja, no jornal o Estado de São Paulo. Na TV Globo, participamos do programa do Jô Soares. Em todas as aparições, estávamos com a camiseta da Ceval.

Voltamos à Nova Zelândia com a missão cumprida, com os recursos do patrocínio e o retorno na mídia para o patrocinador.

Depois de 10 anos no mar, em 1994 voltamos ao Brasil, conseguimos que a Ceval participasse novamente do projeto de chegada. Além dela, duas outras empresas catarinenses, a Tigre e a Artex também.

A chegada foi uma repercussão nacional, com capa da revista Veja e dois programas no Fantástico.

Durante três anos preparamos uma nova expedição que se denominou Magalhães Global Adventure.

Tínhamos muitas histórias a contar. Iniciamos um ciclo de palestras empresariais que nos deu uma visão maior na busca de recursos para a nova expedição.

Seria a segunda volta ao mundo, um projeto ousado que precisou de um esforço extremo na busca de empresas que investissem em um plano em longo prazo. O nosso maior desafio foi convencer os diretores de marketing que eles estariam entrando em um projeto cujo retorno institucional e publicitário viria a médio e longo prazo, e que ele deveria desembolsar recursos financeiros um ano antes de iniciar a expedição.

A viagem durou dois anos e meio, foi transmitida todos os meses para todo o país pelo programa Fantástico e contou com um projeto educacional via Internet reconhecida até mesmo pela UNESCO. A marca dos patrocinadores foi levada aos quatro cantos do planeta e o projeto se tornou um case de marketing.

Em novembro, em São Paulo eu serei um dos palestrantes do 5º Congresso Hemisférico de Captação de Recursos da América Latina. O evento é promovido pelas Faculdades Integradas Rio Branco e a Association of Fundraising Professionals (AFP), maior e mais reconhecida organização mundial nessa área, com sede em Arlington, Estados Unidos.

O congresso vai reunir lideranças de instituições de ensino e entidades do Terceiro Setor para debater, trocar experiências e mostrar que é possível desenvolver a cultura de captação de recursos (fundraising) no nosso país. A ideia é apresentar as estratégias para essa atividade, seja ela por meio da mobilização de recursos financeiros ou humanos, aumentando, assim, a capacidade da instituição e sua importância na sociedade civil.

Estarão presentes o deputy manager responsável pela captação de recursos da campanha eleitoral do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama; Daniela Barone, considerada uma das pessoas que faz o Reino Unido feliz e CEO da Impetus Trust, ONG que ganhou o Charity Awards em 2008, prêmio equivalente ao Oscar das organizações filantrópicas inglesas; dentre tantos outros.

Para se inscrever, saber mais informações e conferir a programação completa, basta acessar o site do Congresso:www.fundraising.com.br.

Encontro vocês por lá!

Bons Ventos”

Vilfredo Schürmann

Nenhum comentário:

Postar um comentário