Viajar de veleiro



A maravilha de se viajar de veleiro é que basta que se decida ir para algum lugar, tudo que se tem que fazer é levantar a âncora,içar velas e ir embora.Essa sensação de liberdade é fabulosa,é quase como ter asas e voar livremente,basta bate-las.

Helio Setti Jr.

Tem que ir, ver e sentir!


"...Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu, para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor, e o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver..."


Amir Klink



quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Gatos a bordo: pode parecer estranho, mas esses bichinhos são companheiros incríveis

Velhos marujos já levavam felinos em seus barcos. Hoje, muitos confirmam: gatos são animais ideais para se ter a bordo

Foto: Arquivo pessoal

Eles invadiram os lares, como animais domesticados, em tempos remotos, coisa de quase 10 mil anos atrás. Na mesma época, os marinheiros descobriram que os gatos podiam ser bons aliados nos barcos. Caçavam ratos, por exemplo. E mais. Não davam trabalho e ainda distraíam os solitários homens do mar. Surgiram, então, crenças a favor. Os japoneses acreditam até hoje que ter um gato a bordo é como um amuleto contra a má sorte. Além deles, a boa fama dos gatinhos entre os marinheiros também aumenta. Sobretudo, entre os velejadores que moram a bordo de seus barcos. E com um bichano de bicho de estimação.
As principais razões que fazem dos gatos "petmarinheiros" ideais são as características físicas e de comportamento destes animais. Leves, de pequeno porte e com corpo bem flexível, eles esbanjam equilíbrio e têm sentidos aguçados. Em 2008, a velejadora Izabel Pimentel fez uma longa viagem pela costa brasileira tendo como única companhia a bordo o seu gatinho Petit Eric. "Ele se adaptou com muita rapidez ao mar e desenvolveu uma incrível capacidade de diferenciar ruídos, como um navio passando por perto", conta a velejadora, que é fã ardorosa dos bichanos.
Outra qualidade destes felinos e que agrada bastante aos moradores embarcados é que, embora estejam sempre atentos, gatos não fazem barulho — ao contrário de cachorros, que latem e podem comprometer bastante a convivência com vizinhos nas marinas. Mas, e como fica aquela história de que gato não gosta de água? A veterinária Giovana Mazzotti, fundadora da Sociedade Brasileira de Felinos, revela que, para a surpresa de muita gente, todos os gatos são exímios nadadores embora, de fato, poucas raças gostem de se molhar. No entanto, são seres que se habituam facilmente aos balanços do mar. Além disso, são muito higiênicos, o que é particularmente bom no caso dos barcos. "Os cuidados com a limpeza dos gatos são de causar inveja em qualquer outro ser de quatro patas", afirma Giovana.
Pequenos, ágeis, silenciosos, limpos, independentes e ardorosos fãs de um bom peixe... Um animal assim parece mesmo perfeito para se ter num barco. E, quem tem, garante que não é preciso nem buscar distrações para eles a bordo: a simples movimentação de cabos no convés já basta. Preocupação? Só uma: gatos têm certa dificuldade em se adaptar a novos ambientes e podem se perder, com certa facilidade, em novos portos ou marinas, porque precisam de uma referência fixa, para achar o caminho de volta para casa. Que pode, muito bem, ser um barco, claro.

Foto: Arquivo pessoal

Izabel e Petit Eric

Izabel e Petit: um caso de amor
A velejadora Izabel Pimentel é fã de gatos e conta como foi viajar com Petit Eric, seu gatinho de estimação: "Um gato só traz alegria para bordo. No cruzeiro que fiz com Petit Eric, todas as manhãs ele vasculhava o deque atrás de peixes voadores trazidos pela noite anterior. Mas, corria para a cabine, se surgissem golfinhos... Também adorava ficar junto ao guarda-mancebo, vendo o movimento das ondas. À noite, pedia para ir ao "banheiro", uma caixinha de areia que ficava do lado de fora da cabine. Tinha muita facilidade em lidar com o desequilíbrio que os barcos causam. Mas, o melhor mesmo era o sorriso que ele me provocava a todo instante. Não poderia ter escolhido melhor companhia."

Por Amanda Denti,para Náutica

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