Amir Klink
Viajar de veleiro
A maravilha de se viajar de veleiro é que basta que se decida ir para algum lugar, tudo que se tem que fazer é levantar a âncora,içar velas e ir embora.Essa sensação de liberdade é fabulosa,é quase como ter asas e voar livremente,basta bate-las.Helio Setti Jr.
Tem que ir, ver e sentir!
"...Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu, para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor, e o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver..."
Amir Klink
terça-feira, 29 de maio de 2012
Jet Surf combina elementos do surfe com um motor que permite chegar a até 53km/h
Nova modalidade exige preparo, mas é perfeita para águas mais calmas como no Paranoá
"Cansa bastante, é uma atividade física constante que trabalha todos os grupos musculares. Inclusive mudei minha série na academia para malhar mais as partes que ficam doloridas". Luciano Raposo, empresário e praticante do Jet Surf
Se a falta de ondas no lago é um empecilho natural para os “surfistas do Paranoá”, um motor de 86 cilindradas, que permite uma velocidade de até 53km/h, pode ser a solução. O Jet Surf, como o esporte é chamado, consiste basicamente nisso: uma prancha teoricamente comum, mas acoplada a um propulsor de dois tempos.
“Acredito que era o que faltava na área náutica, uma prancha com motor muito leve, que pesa só 15kg e não precisa de uma lancha, como o esqui aquático, nem de um lugar específico para guardar, como acontece com o jet ski”, compara o engenheiro Bruno Costa, um dos responsáveis por trazer o Jet Surf para o Brasil.
A origem, no entanto, nada tem a ver com o país, muito menos com o Lago Paranoá. O esporte — ou ainda hobby, por enquanto — foi criado pelo engenheiro tcheco Martin Sula, um apaixonado por carros e motocicletas que trabalhou na Fórmula 1 e na Moto GP, e, há dois anos, decidiu fabricar um brinquedo cheio de velocidade para as águas. “Sula presenteou pilotos como Sebastian Vettel, Kimi Raikkonen e Vitaly Petrov com protótipos e eles participaram do primeiro campeonato da modalidade”, conta o empresário Augusto Hughes. No Brasil, o Jet Surf chegou há quase dois meses, e a dupla Bruno e Augusto esperam organizar um campeonato até o ano que vem. Eles brincam que ainda faltam surfistas corajosos para se aventurar na prancha. Na verdade, além disso, talvez o preço salgado de cada prancha assuste mais: cada exemplar custa cerca de R$ 35 mil reais.
As competições são como no snowboard — percursos com obstáculos a serem contornados pelos surfistas. É possível fazer saltos, como no skate, além de corridas em linha reta. E a prancha pode ser usada em água doce, salgada, com ondas ou sem, apesar de ser mais fácil conduzir em águas planas, sem ondulações, como o Lago Paranoá. Quem não tem intenção de competir também pode aproveitar o brinquedo como lazer e tentar fazer manobras. Para garantir a segurança, os surfistas devem usar uma pulseira que se conecta ao acelerador. Ao cair, a pulseira se desconecta e a prancha para automaticamente.
O empresário Luciano Raposo, 40 anos, pode ser considerado um dos primeiros jet surfistas do país. Como é de imaginar, ele conta que uma das melhores partes do esporte é a adrenalina da velocidade. “É como surfar no mar, é uma emoção, a vontade de não cair é superforte, às vezes saio da água tremendo por conta da adrenalina.”
O curioso é que, ao contrário de um jet ski, por exemplo, a nova modalidade exige bastante do físico e, normalmente, os surfistas só conseguem ficar na prancha por 20 minutos. “Cansa bastante, é uma atividade física constante que trabalha todos os grupos musculares. Inclusive mudei minha série na academia para malhar mais as partes que ficam doloridas depois de surfar”, diz Luciano.
Motor
» Para dar a partida e manter o motor funcionando, há uma bateria de lítio com autonomia de quatro horas
» O motor de dois tempos tem um tanque de 25 litros que deve ser abastecido com gasolina para acelerar a prancha. Uma vez cheio, garante uma hora e meia de autonomia
» Motor de 86 cilindradas
» Em linha reta, pode chegar a 53 km/h
Manutenção
» Depois de um dia de surf, a recomendação é “adoçar” a mecânica, lavando tudo com água doce
» Deixar secar para retirar toda a água do sistema
» Aplicar óleo em spray para conservar o motor e mantê-lo seco
» Deixar a tampa do motor aberto, para ventilar
Legislação
Por se tratar de uma modalidade nova, ainda não há legislação a respeito da prática do Jet Surf, mas, como o esporte inclui motorização, o mais provável é que ele se submeta às regras de esportes náuticos a motor, com a necessidade de equipamento de segurança e licença própria.
Fonte: Correio Braziliense
Postado no Popa
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