Viajar de veleiro



A maravilha de se viajar de veleiro é que basta que se decida ir para algum lugar, tudo que se tem que fazer é levantar a âncora,içar velas e ir embora.Essa sensação de liberdade é fabulosa,é quase como ter asas e voar livremente,basta bate-las.

Helio Setti Jr.

Tem que ir, ver e sentir!


"...Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu, para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor, e o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver..."


Amir Klink



sábado, 29 de junho de 2013

Administração de Riscos, por Vilfredo Schürmann

 

Se não é possível eliminar riscos, é importante reconhecê-los, avaliá-los e administrá-los. Em Palau, uma ilha da Micronésia, resolvemos fazer um mergulho em caverna. Todo mergulho requer cuidados especiais. Em cavernas, o risco é muito maior. O cuidado e o planejamento devem ser redobrados. Os mergulhos autônomos (com garrafa de oxigênio) feitos em cavernas lideram as estatísticas de acidentes fatais.

O plano era mergulhar em três cavernas durante todo o dia. Traçamos minuciosamente o rumo da navegação na bússola. Conversamos com os nativos que conheciam o local. Colhemos todas as informações possíveis e contratamos um mergulhador que conhecia bem a área para nos guiar.

Pretendíamos entrar na caverna, submergir cerca de 10 a 12 metros. Depois, entrar pela única passagem que levava à câmara interna do centro da caverna. Era preciso seguir por um labirinto previamente estudado, até achar o atalho. Esse é um trajeto de 100 metros. Ao chegar à câmara, subiríamos para um platô no seco, para andar sem precisar das máscaras (há frestas por onde o ar circula). Ali filmaríamos num cenário de espetacular beleza.

Começamos nosso mergulho e tudo corria bem. Depois de cerca de 15 minutos, David, meu filho que dirigia as filmagens, percebeu a indecisão do guia. Ele ia de um lado para outro e não achava a passagem. Notamos sua ansiedade. Percebi que ele estava improvisando. David escreveu na prancheta (sim, se escreve embaixo d’água) perguntando se estava tudo bem ou se ele havia se perdido. Ele escreveu que não achava o caminho. Com a navegação que tínhamos feito, David tomou a liderança e comandou com segurança nossa volta ao local de origem. Abortamos os outros dois mergulhos programados para o dia.

A bordo do Aysso, nos reunimos para fazer a avaliação dos riscos que passamos. Analisamos o que fizemos de certo e de errado. O que poderia ter sido evitado e quais eram nossas alternativas. No dia seguinte, saímos para mergulhar novamente. Dessa vez, conseguimos visitar as três cavernas e fazer as filmagens. Foi uma experiência inesquecível, que valeu todo o planejamento.

O gerenciamento de riscos é feito por meio de planos de emergência e de contingência, com base em limites e responsabilidades preestabelecidos. No dia a dia, temos de tomar decisões rápidas. Para isso, a percepção do que poderá acontecer lá na frente é essencial. É importante que haja confiança mútua e tranquilidade para trabalhar com rapidez. Isso só é possível com um plano de ação e um bom preparo de cada membro da equipe.

Bons Ventos!

Vilfredo Schürmann

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