Amir Klink
Viajar de veleiro
A maravilha de se viajar de veleiro é que basta que se decida ir para algum lugar, tudo que se tem que fazer é levantar a âncora,içar velas e ir embora.Essa sensação de liberdade é fabulosa,é quase como ter asas e voar livremente,basta bate-las.Helio Setti Jr.
Tem que ir, ver e sentir!
"...Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu, para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor, e o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver..."
Amir Klink
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Um mar de plásticos
Usados desde tempos imemoriais como uma espécie de ralo do mundo, acolhendo tudo o que é descartado pelo homem, do esgoto doméstico ao lixo nuclear, os mares já dão mostras de enfraquecimento em todas as latitudes. Alguns desses sinais assustam pela visão chocante, como aconteceu em 1997 com o oceanógrafo americano Charles Moore ao topar com um enorme amontoado de detritos boiando numa área gigantesca e concentrada do Pacífico, pouco usada pela navegação, entre a Califórnia e o Havaí. Ele participava de uma regata entre Los Angeles e Honolulu quando descobriu esse megalixão, num desvio de rota.
Concluiu, então, que a concentração daquele lixo, quase todo constituído por plásticos, se devia à convergência de correntes marinhas, que se juntavam naquele ponto esquecido do oceano e ali ficavam girando, feito um ralo sem saída. Pelas etiquetas de identificação das embalagens flutuantes, dava para ver que vagaram das mais diversas partes do mundo até ali. Estudos posteriores calcularam em 3,5 milhões de toneladas a quantidade de detritos e em 700 mil quilômetros quadrados a área tomada por eles, que passou a ser conhecida como Vórtex do Pacífico.
Nesse desolador pedaço de oceano, com o tamanho de três estados de São Paulo inteiros, o volume de plástico é seis vezes maior do que o de plâncton, o que explica a altíssima mortandade dos 500 mil albatrozes que nascem todos os anos no Atol de Midway, que fica próximo à região. Segundo o Pnuma, órgão da ONU para o meio ambiente, metade dessas aves morre por confundir o lixo abundante com o alimento já escasso. Ao reunir tanta poluição flutuante num só lugar, o Vórtex do Pacífico nos ajuda a entender o tamanho do estrago que o plástico é capaz de fazer aos mares. E a mensagem é um claro pedido socorro: afogado em lixo, o mar está pedindo água.
Por Luiz Maciel
Da revista Náutica, edição 248,postado na Nautica
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