Viajar de veleiro



A maravilha de se viajar de veleiro é que basta que se decida ir para algum lugar, tudo que se tem que fazer é levantar a âncora,içar velas e ir embora.Essa sensação de liberdade é fabulosa,é quase como ter asas e voar livremente,basta bate-las.

Helio Setti Jr.

Tem que ir, ver e sentir!


"...Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu, para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor, e o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver..."


Amir Klink



sexta-feira, 30 de março de 2012

circulação das correntes oceânicas na Terra

Parece uma pintura em movimento. Na verdade, é uma produção que mostra a circulação das correntes oceânicas na Terra no período de dois anos, entre junho de 2005 e dezembro de 2007. Publicado há cerca de uma semana pela Nasa.

 

circulação das correntes oceânicas na Terra no período de dois anos

Da conexão ZH

quinta-feira, 22 de março de 2012

quarta-feira, 21 de março de 2012

Divulgadas as primeiras imagens do submarino nazista encontrado pela família Schürmann

Um robô fez filmagens da embarcação de 760 toneladas que afundou em julho de 1943

O submarino já havia afundado três embarcações na costa brasileira
As primeiras imagens de um dos 11 submarinos nazistas afundados em águas brasileiras durante a Segunda Guerra Mundial foram divulgadas neste domingo, no Fantástico. Ele se encontra 85 quilômetros a leste de Florianópolis, em Santa Catarina, e o vídeo foi feito pela família Schürmann, que encontrou a embarcação em julho do ano passado. As filmagens mostram que o U-513, conhecido como Lobo Solitário, está praticamente inteiro e é possível reconhecer estruturas como o canhão.
Os Schürmann usaram um robô, do mesmo modelo que é utilizado em plataformas de petróleo, para fazer o vídeo. Foram dois anos de buscas até encontrar o submarino nazista e a descoberta teve repercussão nacional.
Com 53 tripulantes, 22 torpedos e 44 minas, o submarino de 76 metros e 760 toneladas, a embarcação foi abatida por um hidroavião americano que decolou da Baía Norte de Governador Celso Ramos no dia 19 de julho de 1943. O submarino, que tinha a missão de abater os navios dos aliados na costa do Atlântico Sul, já havia afundado três embarcações na costa brasileira. Apenas sete tripulantes teriam sobrevivido ao naufrágio e o submarino teria levado apenas dois segundos para chegar ao fundo do mar, que na região fica a 130 metros de profundidade.
Segundo declaração de Vilfredo Schürmann publicada no DC no dia 17 de julho de 2011, a busca pelo submarino foi motivada pela ideia de fazer uma réplica da embarcação submarino e colocá-la em um museu em Florianópolis. O visitante poderia entrar na proa e sair na popa.
—Transformaríamos o episódio em uma atração turística para SC — planeja Vilfredo.
A expedição de busca do submarino foi realizada através de uma parceria entre o Instituto Kat Schürmann, responsável pela missão, e a Univali. A universidade disponibilizou equipamentos e mão de obra e como contrapartida os estudantes de oceanografia participaram da aventura.
Fonte: Zero Hora; Foto: Divulgação

domingo, 18 de março de 2012

Inversão de papeis, Velejador foi parar na Delegacia


Delegado da Marinha chamou autor de artigo no Popa.com.br para depor e apresentar provas
Danilo Chagas Ribeiro

14 Mar 2012
A publicação de artigo informando sobre o Desleixo Público no Rio Guaíba acabou levando o autor à Delegacia da Capitania dos Portos em Porto Alegre, na sexta-feira passada, dia 09/03/12.

Resumo
Uma obra da Prefeitura de Porto Alegre formou morros submersos no Rio Guaíba, que são sérios obstáculos à navegação e tem causado acidentes. O Delegado da Marinha criticou artigo sobre esse fato, que foi publicado no Popa.com.br, alegando que a Marinha havia sido atingida, por ser responsável pelo tráfego aquaviário. Chamou o autor à Delegacia para prestar depoimento e a levar provas do que disse, causando repúdio no meio náutico. O local afetado pela obra tem tráfego de embarcações de recreio e é raia de Centro de Treinamento Olímpico. Diversas embarcações tem encalhado nos bancos de areia, e não há garantias de que os bancos serão removidos ou sinalizados. A sinalização está péssima ou ausente. O Delegado disse que vai abrir inquérito contra quem for reclamar de encalhe, por força da lei, e recomenda navegar por um estreito canal de navegação, o que é impraticável para embarcações à vela e para realizar regatas. Em entrevista ao jornal de maior circulação de Porto Alegre, o Delegado, fazendo referência ao problema, indaga: "Se você tem uma estrada pavimentada e uma estrada de chão batido e prefere ir pela de chão batido, você vai reclamar quando estraga o amortecedor em um buraco?". O Delegado não é a Marinha. Estamos pedindo socorro à Marinha.

Leia texto completo,e fique indignado, no Popa

quarta-feira, 14 de março de 2012

Desleixo público no Rio Guaíba

Falta de sinalização adequada e de garantias de solução em obra pública geram inquietação na comunidade náutica gaúcha
Danilo Chagas Ribeiro

 

 

É de pleno conhecimento de quem trafega pelas águas do Rio Guaíba o tremendo desleixo com que vem sendo tratado o tráfego aquaviário em decorrência das obras do Projeto PISA, conduzidas pelo DMAE - Departamento Municipal de Águas e Esgotos, da Prefeitura de Porto Alegre. Enormes bancos de areia foram criados em área de tráfego intenso de embarcações sem a devida sinalização. Além da falta de sinalização adequada, a falta de garantias do DMAE de que irá espalhar os bancos de areia tem atormentado a comunidade náutica gaúcha.
Previsão não realizada, falta de verba e falta de garantias
Em outubro passado, o Diretor do Projeto PISA/DMAE, eng Valdir Flores, informou ao Popa.com.br que "o material dragado, conforme previsto em projeto, deverá retornar ao preenchimento da vala e reaterro do tubo de modo natural,em torno de 30 a 90 dias". No início de dezembro passado, o diretor-geral do DMAE, eng Flavio Presser, previu o início do espalhamento dos bancos para janeiro deste ano. Já em reunião na Delegacia da Capitania dos Portos em Porto Alegre, a 15 de dezembro passado, o eng Valdir Flores informou que no contrato com a empreiteira não há verba destinada ao espalhamento dos bancos, apesar do contrato indicar preço unitário para tal serviço. Adiantou também que seria necessário buscar aprovação de termo aditivo contratual para angariar verba extra a fim de contratar o espalhamento dos bancos de areia.

Leia mais

quinta-feira, 8 de março de 2012

Realize seu sonho!

O Casal Avoante, os amigos Nelson e Lucia, com o intuito de incentivar e ajudar as pessoas interessadas em ingressar na vela de cruzeiro e que não tinham onde aprender os macetes da vida a bordo, resolveram dividir os conhecimentos de cruzeiristas que adquiriram nesses sete anos em que moram a bordo do seu querido Avoante, transformando-o em um barco escola e criando o primeiro curso de vela de cruzeiro de Natal.

 

CURSO DE VELA DE CRUZEIRO

A vela de cruzeiro cresce a cada dia no Brasil, seguindo a esteira de vários países do mundo que não tem um litoral do tamanho e diversidade do nosso. Embarcamos nessa idéia há sete anos e estamos vivendo os melhores anos de nossas vidas morando a bordo do Avoante durante todo esse tempo, conhecendo lugares maravilhosos e navegando por paisagens quase intocadas do litoral. Faz tempo que divulgamos essa vida nas páginas do jornal Tribuna do Norte, na coluna dominical Diário do Avoante, e também aqui nesse blog. Agora resolvemos montar esse curso para aqueles que têm sonhos e planos de um dia soltar as amarras e se fazer ao mar a bordo de um veleiro de oceano, para navegar em pequenos passeios pelo litoral ou em longas travessias oceânicas.

Programa:

  • O que é vela de cruzeiro
  • A escolha do barco
  • Planejamento de um cruzeiro
  • Navegação em barco a vela
  • Noções das regras de navegação
  • Carta Náutica
  • Traçar rotas
  • Navegação com GPS
  • Uso da bússola
  • Navegação com piloto automático
  • Tábuas de Marés
  • Noções de Meteorologia
  • Noções de segurança na navegação
  • Navegação noturna
  • Noções de ancoragem
  • Alimentação
  • Vestuário

Carga horária:          Três dias de aulas teóricas e uma aula prática de 24 horas. Temos disponibilidade de horários de acordo com o seu tempo.

Preço por pessoa:     R$ 800,00 (Oitocentos Reais).

sábado, 3 de março de 2012

Velejador brasileiro de 62 anos contorna o planeta em apenas 11 meses (e sozinho)

O veleiro Caroll
Foto: Arquivo pessoal

Ser o velejador brasileiro mais velho a dar uma volta ao mundo, inaugurar uma nova rota de circum-navegação do planeta – diminuindo o tempo de 2 anos para 11 meses de viagem –, viajar sozinho num barco de 12 metros, superar um câncer. Essas são os feitos de Raimundo Nascimento, de 62 anos, ao completar a viagem de sua vida a bordo do Caroll. Ele partiu do Rio de Janeiro em 23 de abril de 2011 e chegou na última terça, 28 de fevereiro.


Qual foi a sua estratégia para conseguir completar a circum-navegação em menos de um ano?
Em geral, os velejadores levam dois anos para dar a volta ao mundo por outro trajeto. O que eu fiz é um recorde [entre os brasileiros], ninguém fez esse caminho ainda, nem com essa velocidade. Têm pessoas que fizeram um percurso parecido, mas foram para Bali [Indonésia], por exemplo, e de lá para Cape Town, sem passar por Durban [ambos locais na África]. Minha viagem é a primeira.


Qual foi o seu roteiro?
O Rio de Janeiro foi o ponto de partida. De lá fui até o Recife e depois para Granada, no Caribe. Então fui para Colon (Panamá), atravessei o canal e segui para a Polinésia Francesa, até a Ilha de Nuku Hiva. De lá segui para o Tahiti, depois Samoa Americana e Thursday Island, no estreito de Horn, entre Papua Nova Guiné e Austrália. Continuei pela costa australiana até Cocos Keeling, já no Índico. Depois Ilhas Maurício, perto de Madagasgar. Então até uma ilha francesa chamada Reunion, que é relativamente perto, e de lá parti para Durban, na África do Sul. Depois para Port Elizabeth e Cape Town, ainda África. E, finalmente, Rio de Janeiro, somando aproximadamente 25 mil milhas de navegação.


Você passou algum perrengue forte no caminho?
Eu fui abordado por alguns pescadores indonésios, que estava querendo entrar no barco. Três deles estavam mascarados e um sem máscara. Eu me assustei muito com aquilo. Eles estavam me observando e perceberam que eu estava sozinho no barco, então me pediram para eu parar. Depois, eu conversei com um policial australiano, que disse que eles levariam algumas coisas do meu barco, mas não iriam me fazer mal. Mas eu criei uma paranoia em relação a barcos pesqueiros pequenos... quando eu via um, já fugia para o outro lado.


Como é a sua embarcação, a Caroll?
Esse modelo de barco tem uma quilha retrátil, exatamente para facilitar a navegação nas ilhas polinésias, que normalmente possuem partes de recife muito rasas [a quilha móvel permite variar o calado (fundo do barco) entre 82 centímetros e 2,43 metros de comprimento]. A outra finalidade é dar mais estabilidade quando a quilha é abaixada. Eu peguei uma tempestade no sul de Madagascar e o comportamento do barco foi incrível. Com ventos de até 80 quilômetros por hora, a performance da embarcação me deu muita confiança e orgulho.


O que mais exigiu de você durante a viagem, tecnicamente falando?
Eu não tinha experiência em viagens longas. E quando você viaja por um período tão grande, pega tempestades e passa por algumas dificuldades. Eu tinha me preparado por meio de leitura de livros, a maioria de autores estrangeiros, e acho que isso me deixou tecnicamente preparado. Mas, todos os dias eu aprendia uma lição nova, de como fazer o barco render, como velejar melhor. Consegui isso através de meu próprio esforço.


Quanto você gastou na viagem? Teve patrocínio?
Eu levei cinco anos construindo o barco, que custou aproximadamente 600 mil reias. Na viagem toda, eu gastei pouco menos de 80 mil reais. Foi a minha esposa que me ajudou a pagar. Apesar de ser contra a viagem, ela terminou contribuindo.


Sua esposa foi contra a viagem? Como ela lidou com isso?
Uma viagem dessas envolve muitos riscos e se tem a sensação de abandono, de ter ficado sozinha. É uma situação difícil, mas creio que, com a volta, tudo isso será contornado. Acho que a maior preocupação dela era com a minha segurança, primeiro por causa da idade e depois pelo fato de eu ter sofrido um câncer em 2009. Mas, para mim, a viagem era importante como superação e enriquecimento espiritual.


E você viajou sozinho?
Sim. Eu fiz questão de registrar em todos os portos as minhas entradas e saídas como solitário. Agora também vou sozinho para a Ilhabela [no litoral norte paulista], para fechar a viagem, porque meu barco fica guardado lá. Volto na quinta [1º de março] e faço uma festa com amigos e família.

Por Pedro Sibahi