Amir Klink
Viajar de veleiro
A maravilha de se viajar de veleiro é que basta que se decida ir para algum lugar, tudo que se tem que fazer é levantar a âncora,içar velas e ir embora.Essa sensação de liberdade é fabulosa,é quase como ter asas e voar livremente,basta bate-las.Helio Setti Jr.
Tem que ir, ver e sentir!
"...Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu, para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor, e o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver..."
Amir Klink
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Uma semana triste
Esta foi uma semana de noticias tristes para os amantes do mar e de esportes náuticos. Tivemos pelo menos cinco noticias que a deixaram assim, a ja publicada morte do comandante Falco, a morte do velho prático sergipano Zé Peixe, as mortes do casal de mergulhadores no México, e as regatas das ilhas Farallones e Newport to Ensenada, as quais deixaram um numero consideravel de mortos. Coloquei os links pois não quero me aprofundar no assunto, so quero registrar os acontecimentos pois dizem respeito ao tema deste blog, a vela e o mar.
domingo, 29 de abril de 2012
Fotos históricas: o primeiro e improvisado porta-aviões de todos os tempos — em 1910!
O "USS Birmingham", de onde o piloto Eugene Burton Ely decolaria seu pequeno avião Curtiss em 14 de novembro de 1910: a primeira decolagem de um navio de guerra em todos os tempos
Ex-vendedor de automóveis e depois piloto amador, o norte-americano Eugene Burton Ely foi o primeiro piloto da história a alçar voo a partir de um navio de guerra, em 14 de novembro de 1910. Ele não sabia, mas seria o precursor de algo fundamental para a estratégia militar contemporânea: o uso de porta-aviões.
Meses antes, ele conhecera o fabricante de aviões Glenn Hammond Curtiss, para quem começou a trabalhar. Ambos acabaram se associando a um militar, Washington Chambers, que tinha sido nomeado pelo secretário da Marinha dos Estados Unidos, George Meyer, para investigar usos militares para a aviação na área naval.
Pronto. Deu-se o estalo. O navio era cruzador USS Birmingham, ancorado em Hampton Roads, no Estado de Virgínia, e sobre o qual se improvisou uma rampa para decolagem.
Confiram as fotos históricas. Primeiro, da construção e montagem da rampa de decolagem:
A rampa de madeira começa a ser montada
Nesta foto, uma visão lateral da rampa já instalada, terminando praticamente na proa do navio e não se estendendo sobre o mar
Pronta a rampa, o pequeno avião Curtiss que faria a experiência foi levado a bordo, com o menor peso possível. Ely levantou voo, o aparelhinho chegou a baixar alguns metros depois de desprender-se do navio, mas finalmente se ergueu — e 5 minutos depois, pousou sem problemas em Willoughby Spit, também na Virgínia.
Veja a decolagem nas duas fotos abaixo:
O pequeno Curtiss lança-se no espaço, baixa alguns metros, mas depois...
... vai se firmando até, finalmente, alçar voo sem maiores problemas
Ely voou pouco mais de 3 quilômetros antes de aterrizar em uma praia em Willoughby. A experiência, considerada um “grande êxito”, fez com que as autoridades militares decidissem continuar com as provas.
Faltava o outro lado da história, depois da decolagem: o pouso — que logo viria. A 18 de Janeiro de 1911, Ely tornou-se também o primeiro piloto a pousar em um navio de guerra. Decolou de um hipódromo em San Bruno, na Califórnia, e realizou a descida 16 quilômetros depois, no convés de outro cruzador, o USS Pennsylvania, ancorado em San Francisco.
Veja o pouso na foto que se segue:
A conclusão da experiência: em voo histórico, Ely pousa no "USS Pennsylvania" -- também numa rampa improvisada sobre o convés
Abaixo, o piloto, com o uniforme da época, e seu avião, pequeno e leve:
Notem a improvisação ousada, nas duas fotos abaixo: dos dois lados da rampa de pouso, sacos de areia para firmar a estrutura de madeira, balizar o avião e amortecer um eventual choque do aparelho, caso não estivesse perfeitamente alinhado com o barco ao descer.
O piloto Ely festejado depois do pouso histórico
Confiram abaixo o que eram aqueles velhos e heroicos tempos: o “colete salva-vidas” era constituído de várias câmaras de pneu de bicicleta cruzando o peito do piloto.
O colete improvisado: câmaras de ar de pneu de bicicleta
Para finalizar, compare os precaríssimos cruzadores improvisados com um dos maiores porta-aviões atômicos em atividade no mundo, o USS Ronald Reagan, que desloca 101 mil toneladas e é capaz de navegar por 20 anos sem reabastecimento de energia:
O gigantesco porta-aviões nuclear "USS Ronald Reagan", carregando dezenas de aviões de combate e acompanhado de um de seus navios de escolta (Foto: miliblog.co.uk)
Postado na coluna do Ricardo Setti na Veja on Line
terça-feira, 24 de abril de 2012
Luto para o mundo do mergulho, morre o Cap. Falco
Albert Falco, ex-capitão do Calypso, o conhecido navio oceanográfico do explorador e pesquisador francês Jacques Cousteau, morreu aos 84 anos, neste sabado, 21 de abril de 2012, em sua residência de Marselha, sul da França.
Após ter mergulhado nas célebres "calanques", as colinas de pedra calcária da costa de Marselha submersas no Mediterrâneo, Albert Falco integrou em 1952 a equipe do Calypso como mergulhador.
Rapidamente contratado por Cousteau, só deixou essa aventura humana e científica em 1990, para se aposentar, na época, como capitão do popular barco da série de documentários.
Em 1955, esse mergulhador desempenhou um grande papel no filme de Cousteau e Louis Malle, "Le Monde du silence" (O mundo do silêncio), Palma de Ouro em Cannes um ano depois. Albert Falco participou, nos anos 60, de várias experiências em "missões" nas profundezas do oceano.
Escolhendo o veleiro certo
Esse texto de muito interesse e utilidade para quem esta pensando em comprar seu primeiro veleiro, foi copiado do blog do veleiro Flyer que acabou de fazer uma volta pelo Atlãntico Norte e, com certeza deixou o Fabio, seu co-mandante(porque a mandante é a Miriam), com experiencia de sobra para escrever a esse respeito.
A odisséia de escolher um veleiro é a viagem da dúvida. Será este ou aquele? devo pensar em que tipo de detalhe ? A quantidade de dúvidas que surgem é tão significativa que assusta, afinal é uma escolha que poderá representar muito prazer ou uma enorme dor de cabeça.
Neste artigo estou trazendo um pouco de experiência que tive coletando informações, vendo e prevendo situações e pesquisando muiiiito, mas muiiiiiiiiito mesmo acerca deste tema.
Quem estiver nesta mesma situação e não sabe por onde começar, pode tomar esta pequena contribuição como ponto de partida. Eu mesmo trago alguns trechos de artigos traduzidos e interpretados para ajudar a pessoas que, como eu, estão um tanto perdidas neste universo.
A ODISSÉIA DA ESCOLHA DE UM VELEIRO
Antes de mais nada: SIGA SEMPRE A FILOSOFIA KISS
K: Keep = Mantenha
I: It = Isso
S: Stupid = Estupidamente
S: Simple = Simples
Quem quer viver no mar ou fazer um cruzeiro de sucesso precisa lembrar sempre desta filosofia. Ainda mais que a quantidade e diversidade de equipamentos, eletrônicos ou não, para colocar à bordo é quase infinita.
Conhecendo você e seus gostos
Antes de iniciar o processo de seleção de um barco é necessário encontrar o que realmente você deseja: Velejar ou viver confortavelmente abordo. Se você não é um marinheiro experiente, considere fazer um curso onde você viverá e velejará enquanto aprende os artifícios desta nova realidade. Muitos marinheiros experientes não têm prazer em grandes travessias e preferem cruzeiros costeiros curtos. Outros preferem não ver terra a não ser na chegada de uma longa travessia. Isso é muito pessoal e não se pode transferir de uma pessoa para outra. Procure, antes de qualquer decisão, escolher que tipo de marinheiro é você e sua tripulação a não ser que planeje navegações em solitário. Faça sua “tripulação” participar do projeto desde o início.
Tire suas habilitações (arrais, mestre e capitão amador), compre e estude o livro "Velejando dos 8 aos 80", faça um cursos de vela básica e, depois de estudar o livro e velejar em pequenos veleiros, participe de um curso de vela oceânica de no mínimo uma semana, menos que isso não ajuda em quase nada, mas veja bem, vela oceânica é dia e noite, com travessia e navegação noturna. Se sobreviver com o mesmo gosto que antes, seu sonho tem alguma chance de se realizar, senão, pense em comprar uma motocicleta ou uma casa na praia.
Depois disto você deverá alugar (charter) um veleiro, comece pequeno, um delta 32 ou um Brasília 32, é uma ótima pedida. Alugue-o por uns três dias, mas na primeira vez alugue o veleiro com SKIPPER. O SKIPPER dará todas as instruções e mostrará roteiros seguros e bonitos que você deverá repetir depois sem o SKIPPER.
Experimentando com a família
Se o seu sonho deve ser compartilhado com a família (esposa e filhos) então tenha certeza que eles REALMENTE querem compartilhar SEU SONHO. Depois daquela primeira vez com SKIPPER, alugue o mesmo tipo de barco, no mesmo local e faça, desta vez SEM SKIPPER, um charter com a família. Planeje pelo menos 5 dias de vida a bordo. Gaste um mês vendo os detalhes desta viagem, não se esqueça de nada que ELA gosta e de nada que eles possam reclamar que está faltando. Você deve ter atividades voltadas para eles durante os 5 dias.
Depois disso participe de algum cruzeiro de longo percurso, novamente sozinho, a dica aqui é fazer os cruzeiros associados a ABVC (Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro) como tripulante. Uns 10 dias em cruzeiro deverão mostrar para você se o seu sonho não se transformará em PESADELO.
Claro que depois disso você saberá melhor que ninguém que tipo de navegação você estará enfrentando com maior freqüência e isto influencia de maneira significativa sua escolha e os tipos de barcos disponíveis no mercado.
Comprar ou construir
terça-feira, 17 de abril de 2012
Abertas as inscrições para a REFENO 2012
O Cabanga Iate Clube abriu oficialmente as inscrições para a XXIV REFENO, que larga dia 13 de Outrubro do Marco Zero, na cidade do Recife, em direção a ilha de Fernando de Noronha. Se você quer participar dessa que é a maior regata de oceano do Brasil, click AQUI e acesse o site.
3.4. As inscrições deverão ser feitas antecipadamente, por via eletrônica, conforme instruções
disponíveis a partir de 16 de abril de 2012 no site www.refeno.com.br.
3.4.1. Só serão aceitos os 100 (cem) primeiros barcos inscritos.
3.4.2. Os valores das inscrições serão os seguintes:
16/04/2012 a 15/06/2012 R$ 450,00
16/06/2012 a 15/08/2012 R$ 600,00
16/08/2012 a 31/09/2012 R$ 800,00
01/10/2012 a 10/10/2012 R$ 1.000,00
A Taxa de inscrição é referente a cada pessoa inscrita e inclui o seguinte:
Franquia de ancoragem de ate 45 dias no Cabanga Iate Clube.
Identificação para livre acesso ao clube e suas dependências.
Almoço de abertura da semana REFENO incluindo bebidas.
Jantar de confraternização incluindo bebidas.
Taxa de preservação ambiental em F. de Noronha para o período.
Taxa de ancoragem para o barco durante o período em F de Noronha.
Mochila, camisa e boné do evento.
Coquetel de entrega dos prêmios em F de Noronha.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
EUA alvejam barco japonês à deriva após tsunami no Japão
AGuarda Costeira dos EUA disse ontem que abriu fogo contra um navio que foi solto no Pacífico pelo tsunami do ano passado no Japão, e que estava à deriva desde então, indo na direção do Alasca. A Guarda Costeira, que pretende naufragar o navio, usou uma metralhadora de calibre 25 mm, segundo o porta-voz David Mosley.
As autoridades canadenses confirmaram que estvam seguindo um "navio fantasma" japonês à deriva no Pacífico que foi arrastado pelo tsunami de março de 2011. O barco, um pesqueiro de 65 metros de comprimento, foi localizado por um avião da Força Aérea do Canadá quando se encontrava a 278 km ao oeste da ilha Haida Gwaii no norte da província da Colúmbia Britânica.
As autoridades canadenses indicaram que graças aos números do casco do navio puderam entrar em contato com o proprietário do navio e verificaram que ninguém estava a bordo. O navio, que se dedicava à pesca de lula, estava ancorado no porto da localidade japonesa de Hachinohe quando a costa do país sofreu o impacto do tsunami no dia 11 de março de 2011. Meios de comunicação canadenses disseram que as autoridades ainda não sabem onde pode terminar a viagem do pesqueiro japonês e que o Ministério de Transporte do Canadá não tem planos para interceptar o barco.
Cientistas americanos calcularam que as correntes do Pacífico estão empurrando 18 milhões de toneladas de restos do tsunami do Japão rumo às costas da América do Norte e poderiam chegar ao litoral da Colúmbia Britânica em 2014. O prefeito da cidade litorânea de Tofino, na ilha de Vancouver, Perry Schmunk, declarou ao jornal The Province que os habitantes da localidade já começaram a encontrar nas praias resíduos que parecem ter sido arrastados pelo tsunami.
Postado no Popa