Viajar de veleiro



A maravilha de se viajar de veleiro é que basta que se decida ir para algum lugar, tudo que se tem que fazer é levantar a âncora,içar velas e ir embora.Essa sensação de liberdade é fabulosa,é quase como ter asas e voar livremente,basta bate-las.

Helio Setti Jr.

Tem que ir, ver e sentir!


"...Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu, para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor, e o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver..."


Amir Klink



domingo, 20 de janeiro de 2013

Realizei um sonho, Velejei no Avoante

 

Ha muitos anos conheço o casal Avoante, Nelson e Lucia, e por incrivel que pareça nuca tinha tido a oportunidade de velejar com eles em seu veleiro. Portanto foi com grande prazer que aceitei o convite para acompanha-los numa viagem ate Maceio.

Saimos na madrugada da quinta feira juntos com o amigo, e futuro aluno do Nelson, Eduardo que estava tendo sua primeira experiencia na vela.

A velejada de Natal até João Pessoa normalmente não é flor que se cheire. Mas desta vez, com algumas exceções, foi ate bem simpatica com nosso estreiante Edu.

O Avoante não é um barco veloz, pois é a casa do casal e tem um bocado de coisas dentro, mas ja correu suas regatas antigamente. Porem é um barco confortavel na velejada, corta as ondas macio e não da bola pra mar de cara feia.

Nosso incansavel piloto automatico trabalhou com precisão o tempo todo, só deixando para a tripulação a tarefa de observar ao redor se aparecia algum barco ou rede pelo caminho.

O Eduardo é um dos seguidores dos blogs do Nelson e meu, e atravez do blog fez contato e foi convidado pelo Nelson para ir ao Iate conhecer o Avoante, depois disso virou frequentador das nossas atividades no clube(entendam ai churrascos e não velejadas rsrss) e so faltava uma velejada para ele ter certeza que queria mesmo ser velejador. Começou a viagem com um pouco de receio de enjoar, mas acho que o cara tem a vela no sangue, pois comeu pra caramba e ficou no meio de um mar virado escrevendo e lendo mensagens em seu pequeno smartfone, sem que tivesse o minimo sinal de mal estar e ainda entrou no barco varias vezes se dando ate o luxo de dormir ao lado do motor ligado, que sempre deixa escapar aquele cheiro de diesel que detona qualquer estomago.

A Lucia, que depois de descobrir o Meclin (não estou ganhando com merchandising) não enjoa mais, leu dois livros da coleção Crepusculo (olha o merchan ai de novo) só parava para nos preparar pratos saborosos, alias da cozinha do avoante saem pratos com nomes franceses que não me atrevo a repetir, por medo de errar, no cafe da manhã tem salada de frutas e torradas, pães feitos ali mesmo na hora e quentinhos. Se o sujeito não tiver problemas com enjôo ele certamente saira com alguns kilos a mais de uma velejada na companhia da Lucia.

O Nelson, acredito ser o mais puro espirito de cruzeirista, aquela tranquilidade de quem sabe o que ta fazendo,e faz o que gosta, nunca se preocupa se a vela mais regulada vai dar mais meio nó de velocidade ou não, alias, não pensa duas vezes em folgar as velas para equilibrar o barco e deixa-lo em melhores condições para a Lucia fazer algo gostoso la na cozinha.

Depois de 24 horas entramos em Cabedelo na Paraiba para um merecido descanso e embarcar mais um tripulante estreante, o Wilson, um cara que se mostrou um otimo companheiro de viagem e que ja tem uma bagagem tecnica, só faltando mesmo fazer um curso pratico para velejar.

Pensamos que iriamos ter que espera-lo, mas pra nossa surpresa ele tava tão pilhado pra velejar que ja estava nos esperando no pier, e depois de um almoço em um dos muitos restaurantes do Jacaré voltamos para o mar.

Normalmente se espera uma melhora boa na qualidade da velejada de Cabedelo para Recife, pricipalmente depois que passa o Cabo Branco, pelas condições do relevo que ja começa a entrar pra SO, mas não foi o que tivemos dessa vez.

Pensamos em ir direto para Maceio, mas o mar cresceu e o vento bateu com tanta vontade que terminamos tendo que entrar em Recife para esperar a coisa toda acalmar, ficando assim nosso tempo disponivel para a viagem comprometido e tendo, os tres, que literalmente abandonar o barco.

Acredito que para os tres foi uma experiencia muito boa, de minha parte realizei o sonho de velejar no Avoante e ver como ele é confortavel e seguro num mar pesado, para o Eduardo e o Wilson que estavam tendo sua primeira experiencia acho que foi positiva pois ambos curtiram e pegaram de cara condições rigorosas e se sairam muito bem sem o danado do enjoo que pode arrasar com o camarada numa viagem.

Gostaria de agradecer o convite ao casal Avoante e dizer que ainda quero fazer uma velejada com eles na Bahia onde eles são os reis dopedaço, quaquer hora nos encontramos nas aguas do Senhor do Bom Fim.

3 comentários:

  1. Antonio, primeiro quero agradecer o post tão carinhoso com o nosso Avoante e dizer que foi uma alegria ter você a bordo, pena que a Rô não estava junto. Agora quero dizer que foi também uma grande alegria ver que você retomou o blog com força total. Não tenha preguiça! Um grande abraço, Seu Amigo.

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  2. Realmente Antônio, só faltava uma velejada para descobrir se tenho aptidão para vela oceânica. Após essa experiência tenho certeza que um barco será minha casa por muitos anos.
    Mas sinceramente, não comi tanto assim, fala sério....kkkkk
    Dormir com o barulho do motor e aquele balanço gostoso do mar sinceramente não dá para resistir. O cheiro do diesel não é tão forte assim, porém, o calor estava insuportável, com isso, pulei fora daquela cabine.
    Velejar é mais simples e prazeroso do que eu imaginava, gostei tanto que já estou sentindo o "gostinho" de quero mais...kkkkk
    Ah! Estou sempre a disposição para receber convites de velejadas...kkkk
    Espero que nas próximas oportunidades a Ale e Rô possam estar juntas para a sintonia ser maior.
    Até breve.
    Eduardo Aroldo.

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  3. Antônio, acompanhe esse blog, http://veleirofurioso.blogspot.com.br/ . É um camarada que está construindo o próprio veleiro no quintal de casa, vale a pena acompanhar.
    Até breve.
    Eduardo

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