Viajar de veleiro



A maravilha de se viajar de veleiro é que basta que se decida ir para algum lugar, tudo que se tem que fazer é levantar a âncora,içar velas e ir embora.Essa sensação de liberdade é fabulosa,é quase como ter asas e voar livremente,basta bate-las.

Helio Setti Jr.

Tem que ir, ver e sentir!


"...Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu, para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor, e o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver..."


Amir Klink



quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

De Natal a Fortaleza

De Natal a Fortaleza
Quando conheci o Sergio pela internet em 2006 jamais poderia imaginar que um dia  faria  parte da viagem deles ao Caribe.
Nesta segunda vinda a Natal, como eles tiveram que ficar mais de um mês por aqui devido a escola das crianças  pudemos convivermos mais tempo e descobrir algumas coisas em comum, o que resultou em bons bate papos e ate em um convite para participar como tripulantes numa regata e depois dormirmos no barco, o que aceitei de cara pois da outra vez eu não pude conhecer o Fandango e não perdi esta oportunidade com o Travessura. Aproveitei para ir marinizando a Ro que nunca tinha estado em uma regata, gostamos muito do barco pelo espaço e arranjo interno, muito confortável em cruzeiro, muito veloz em regata e com uma capacidade de orça fantástica.
Quando chegou a hora de partirem nos convidaram para acompanhá-los ate Fortaleza, consegui uma dispensa de dois dias no salão em que trabalho e embarcamos para o que seria nossa grande aventura, uma viagem de dois dias só vendo o céu e o mar.
A viagem para Fortaleza foi fantástica, finais de tarde maravilhosos com o Sol dando um espetáculo cada vez que descia no horizonte e a Lua cheia iluminando a noite em um mar sempre com suaves ondulações, tendo ate a visita de muitos golfinhos brilhando a luz da lua ao lado do barco, e que no dia seguinte voltaram em  grande quantidade para nos acompanhar durante quase uma hora com muitas brincadeiras de adultos e filhotes. O vento e a corrente favorável nos levavam numa velocidade que fomos rizando a vela ate o ponto de tirarmos a mestra e deixarmos so um pouco da genoa para podermos nos aproximar de Fortaleza de dia, pois queríamos evitar os pescadores com redes e espinheis a noite.
A vigem foi tão boa que ficamos tentados a aceitar o convite para prosseguirmos ate o Caribe, mas como convencer a dona do salão a me dispensar duas semanas em Dezembro e alem do mais nos não tínhamos passaporte e so teríamos dois dias para consegui-lo.Definitivamente não ia dar certo. Mas quando chegamos a Natal fui descansar um pouco antes de ir para o trabalho e acordei com a Ro me perguntando se eu tava mesmo afim de ir ao Caribe, claro respondi mas.. ela não me deixou terminar e foi logo dizendo – já fiz as contas a grana vai dar e amanha cedo nos temos que sair correndo para a Policia Federal para tentar os passaportes e fazer a vacina de febre amarela num posto de saúde depois ir na Anvisa fazer a carteira internacional de vacinação.No dia seguinte começamos a correria bem cedo, vacina no posto que é perto de casa, corremos pra PF e descobrimos que não poderíamos entrar de bermudas, corremos para uma loja de aluguel de roupas que fica La perto e alugamos duas calças sociais, ficamos lindos de camisetas, calças sociais e havaianas correndo como uns doidos na avenida por causa do horário,pois ainda faltava a Anvisa, eu tinha que voltar para o trabalho e outro detalhe importante precisávamos comprar as passagens de volta. Na PF nos disseram que o passaporte de urgência so ficaria pronto na segunda a tarde, se fosse de emergência fariam na hora mas era so para casos muito especiais e praticamente impossível que nos dessem. Foi ai que escrevi uma carta para o diretor mostrando que quando se tem 50 anos um convite para ir velejando para o Caribe é um caso muito especial pois provavelmente ele não teria muitos assim em sua frente, ele pediu que conseguíssemos um fax da marina de Fortaleza confirmando a data da partida no domingo e do dono do barco confirmando que éramos tripulantes, o que foi feito, e ele autorizou a emissão dos nossos passaportes, no que ficamos muito gratos pois com essa força foi-nos possivel a realização desse sonho. Quando falei com a Raquel, a dona do Salão, usei o mesmo argumento dos 50 anos e da oportunidade e ela me disse que se eu conseguisse o passaporte podia ir tranqüilo, valeu fiquei muito grato!


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