Amir Klink
Viajar de veleiro
A maravilha de se viajar de veleiro é que basta que se decida ir para algum lugar, tudo que se tem que fazer é levantar a âncora,içar velas e ir embora.Essa sensação de liberdade é fabulosa,é quase como ter asas e voar livremente,basta bate-las.Helio Setti Jr.
Tem que ir, ver e sentir!
"...Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu, para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor, e o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o seu próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver..."
Amir Klink
domingo, 29 de novembro de 2009
Esposas X Veleiros
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Guanabara.
Num certo dia - não num belo dia – meu irmão, resolveu levar a esposa para velejar. Deu um temporal no meio da navegada. Ela nunca mais colocou os pés num veleiro. Essa história, que pela primeira vez ouvi de meu irmão, retornei a ouvir sucessivas vezes no meio náutico.
Logo que me casei fui morar num apartamento térreo,num bairro que tem problemas com o escoamento da água das chuvas. É que todo o bairro fica num nível muito próximo do nível do rio e, assim, está sujeito a freqüentes inundações. Certo dia a chuvarada foi muito intensa e o pátio deste apartamento se encheu de água, já que a água subia pelo esgoto pluvial em vez de descer.
Sentado na porta da cozinha que dava para os fundos do apartamento, um metro acima do nível do pátio, fiquei contemplando, meio maravilhado, aquele pátio todo inundado com água com profundidade de até meio metro. Achei bonita aquela visão, o quintal todo transformado numa grande piscina. Pois não é que minha esposa chega em casa, vê aquele aguaceiro e começa a gritar como uma maluca, dizendo que aquilo é o fim da picada, o caos, um desastre completo!!! Naquele momento não consegui compreender seu desespero.
Como se sabe, o curso da história da humanidade e de suas necessidades grava em nosso código genético algumas características, sentimentos, receios. Mesmo que as circunstâncias que deram origem a gravação daqueles caracteres tenham mudado, continuamos atavicamente os transportando e transmitindo a nossa descendência. São necessárias muitas gerações para que um carácter desses, não mais necessário, desapareça do código genético.
A mulher no curso da história, por muitos milhares de anos, ficou responsável pela casa e pelo filhos e o homem, pela caça.
Enquanto a mulher ficava em casa, cuidando dos filhos, o homem saia para buscar alimentos, e não levava qualquer conforto da casa . Muitas vezes dormia ao relento, passava frio, pegava chuva. A mulher ficava numa habitação que oferecesse um mínimo de segurança. Um lugar que não sofresse com os maus humores do tempo. Basicamente era aquela que não inundava quando chovia forte e que não virava ou desabava quando ventava forte.
Enquanto a mulher ficava em casa, cuidando dos filhos, o homem saia para buscar alimentos, e não levava qualquer conforto da casa . Muitas vezes dormia ao relento, passava frio, pegava chuva. A mulher ficava numa habitação que oferecesse um mínimo de segurança. Um lugar que não sofresse com os maus humores do tempo. Basicamente era aquela que não inundava quando chovia forte e que não virava ou desabava quando ventava forte.
Pois bem, o que é um veleiro sob mau tempo?
É justamente o pesadelo maior dessa mulher pré-histórica que habita toda a mulher moderna, o veleiro não deixa de ser uma pequena habitação. Num temporal, sob ventos fortes, essa pequena habitação não apenas faz água como também aderna, quase vira, quase desaba. O inconsciente da mulher dispara. Todos os alarmes de seus receios profundos e orgânicos disparam.
É o pânico! A habitação, não apenas faz água como também se inclina 45 graus ou mais. Vai virar! Vai desabar! A água está entrando, por cima e, as vezes, por baixo. É o quadro da desgraça completa que se desenha na mente feminina.
Dá para entender porque as mulheres preferem lanchas. Podem navegar contra o vento, não adernam, e rapidamente evitam e fogem do encontro com o mal tempo.
É justamente o pesadelo maior dessa mulher pré-histórica que habita toda a mulher moderna, o veleiro não deixa de ser uma pequena habitação. Num temporal, sob ventos fortes, essa pequena habitação não apenas faz água como também aderna, quase vira, quase desaba. O inconsciente da mulher dispara. Todos os alarmes de seus receios profundos e orgânicos disparam.
É o pânico! A habitação, não apenas faz água como também se inclina 45 graus ou mais. Vai virar! Vai desabar! A água está entrando, por cima e, as vezes, por baixo. É o quadro da desgraça completa que se desenha na mente feminina.
Dá para entender porque as mulheres preferem lanchas. Podem navegar contra o vento, não adernam, e rapidamente evitam e fogem do encontro com o mal tempo.
De qualquer maneira, se quiser sair com sua esposa para ela ir acostumando é bom sair em dias de vento fraco, senão, sair para velejar vai representar um alvará para sair sozinho ou com os amigos.
Pode até ser um bom momento para dar uma pausa ao casamento. Alguns instantes para refletir, longe de casa e da tagarelice da esposa.
Pode até ser um bom momento para dar uma pausa ao casamento. Alguns instantes para refletir, longe de casa e da tagarelice da esposa.
Por Flavio Medeiros em www.hobbys.com.br/velejar/velejando5.htm
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